terça-feira, 17 de novembro de 2009

Galatea Desconhecida

Duas poesias parecidas, acho que gêmeas na verdade, são duas tentativas mal-sucedidas daquilo do que eu queria escrever feitas em momentos diferentes, mas desisti de uma terceira vez então trago as duas e as deixo a vossa mercê.


Sem saber o que carregas no olhar
Ou como trazes teu cabelo
Sem saber tua cor,
O teu sorriso eu nunca vi
Mas já entrego todo o carinho
Esta aqui, guardado para ti.
O momento incerto
Do fim do platonismo certo
Em que abandonarás a estátua que fiz de ti
Um rascunho incógnito de teu existir
Se tornará verbo e carne logo aqui.
Enquanto isso há vida
Muita vida eu garanto
Sempre com a intenção de ir
Até onde se escondes
Não existe Afrodite para rogar
Tudo bem sei que chegarás.


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Desconheço o seu olhar
E a cor que ele carrega
Sua altura e forma
O que fala e sente
Como o seu cabelo prende,
Mas sei que estas
Em algum canto
E bem aqui dentro de mim.
Enquanto não a acho
Vivo bem, ao máximo
Mas faltando um pedaço
Imagino o contorno e silhueta
Mesclada apenas ao que já sinto
Idéias efêmeras surgindo
Vou ficando nesse platonismo incerto
Sem Afrodite para rogar...
Um dia estarás aqui perto.

2 comentários:

  1. Eu lembro que há um tempo atrás me falasse sobre esse poema, ficarsm lindas as duas versões mas prefiro a primeira. ^^

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  2. Os dois poemas se completam. Faz o terceiro quando Ela chegar. :)

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