sexta-feira, 15 de abril de 2011

Tochas

De lampião, lamparina, candeeiro,
Lanterna, vela ou fogueira de fogo ligeiro.
Da imponente, mas encarcerada do farol
Ou a melancólica, mas linda de um arrebol.
Nenhuma luz há...

As espalhadas no manto do céu
Ou as retratadas pela ponta de um pincel.
A natural dos vaga-lumes,
A artificial dos lustres
e a quase derradeira do fim do túnel.
Nenhuma luz há...

Que me faça esquecer
A dos teus olhos de inquisição.
Luz plena. Pura irradiação.
Causa do meu desvanecer.

domingo, 10 de abril de 2011

A Penumbra do Coração

Você foi pra lá, ficou naquele canto
Com mais algumas, nem sei quantas
Uma ou duas, poucas ou tantas?
Enfim arrumou um recanto.
Debaixo de uma coberta
Que vai te proteger insanamente
Sem motivo aparente,
Será presença certa.

Mas agora tácita e vaga.
Lembrança com ares de relevância
De sentimentos com importância
Que não imperam mas valem a paga.
Vez por outra lembrar instantes
E engavetá-los...
Virou sombra, esta na penumbra,
Mas veja bem que é oculto mas vívido
Pois é na penumbra do coração que se vislumbra
Os amores vividos e fictícios de um indivíduo.