segunda-feira, 27 de julho de 2009

Sincero Devaneio Lúcido

Tudo explodiu no fim da luta
um mês de abstinência, a extrema labuta
não sofrer vezes repetidas, não pensar em ti não te sentir.

Desisto por enquanto ou até sei lá quando,
consequências de uma recaída.
Acho que usei o nome errado porque não te tirei da minha vida
e nem quero, por isso não recaio apenas caio e gostaria....

Conciliar tempestade com a calmaria,
a calmaria que emanas flui e me toca,
mas dentro de mim há grande tempestade.
Se uma se apazigua e esfria acho que posso desdizer
esse verso e lembrar que você sorria
para escrever muitos outros e saber que eu não dormia.

Esculpindo Palavras

Pego dos instrumentos e começo a talhar voam lascas e rebatem
vírgulas, pontos, metáforas e os sentimentos a me acertar.
O bloco maciço de sensações tem de ser lapidado e uso de poesia
pra te deixar meu recado.

Esculpindo palavras para você, por mais que me esforce elas se distorcem,
não representam o que sinto, são impotentes e você não as da ouvido.

Esculpindo palavras para você não pra encurtar a distância ou fazer ressoar
o que já é sabido,polindo as pontas que eu achei.

Esculpindo palavras para você pra tentar “concretizar”, as palavras
são passageiras já não digo o mesmo das estátuas.

Esculpindo palavras para você, do lápis faço martelo e acerto em mim mesmo,
mármore algum trará melhor imagem do que a que tenho aqui dentro.

Esculpindo você em palavras... Não há como fazê-lo, pois só o teu sorriso
já cega a pouca vista que me resta e acabo por ficar a contemplar a melhor obra que há.

Esculpo e destruo, me desculpo e reconstruo e resoluto não mudo

e pra você eu entrego tudo, teus olhos se fecham e se esvai meu mundo.

Soneto (Só pra não perder o jeito)

Só para não perder o jeito
Eu dou meu braço a torcer e escrevo um soneto
Só pra te sentir mais perto
Lembro dos teus olhos e deles me cerco.

Quartetos e tercetos e um verso esta feito
Eu e você e me comprometo
Mas não a recíproca e se da um fim
Há apenas duas pessoas caminhando enfim.

Nada de errado, mas algo inacabado
Achei que tinha me conformado
Então sigamos para a última estrofe.

Relutando ou não você me absorve
Sem fazer esforço eu encerro
Este soneto mas não o sentimento sincero.

sábado, 11 de julho de 2009

Garçom

Numa bandeja de prata com todos os adornos,
com o molho de minhas lástimas e do meu choro
sem entrada alguma, nenhuma gentil sutileza
sirvo meu coração e sentimentos pegue o que você deseja.
Garçom errante do que é mais simples
Sujeito pensante do que é mais confuso
Simples de sentir, confuso de entender e assinalar.
Dou mais uma volta ao redor de tua mesa.
Você esta satisfeita? Ou tudo isso te causa indigestão?
não se preocupe não é necessário o seu perdão.
Isso tudo é um ato involuntário pena que a muito do tempo passado.

Numa bandeja sem consolo ponho tudo o que ainda há,
mesmo que nada tenha sobrado.
Anoto num bloquinho receitas pra ti,
tentativas de realizar os pedidos que não fazes pra mim
te indico o servido na bandeja
o prato do dia é a solução para sua tristeza
a tentativa de hoje é conquistar tua constância.

Quero apenas uma simples gorjeta,
o suficiente para transbordar meus bolsos, átrios,
e nesse instante mesmo que efêmero já me basta
ao meu lado ver sua sorridente silhueta.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

É Deste Modo

Mais uma de tempos atrás, mas permanece recente.

Quando penso que tudo esta acabado e esquecido
Mais uma vez sua lembrança vem em minha mente como que por feitiço um desígnio do destino.
E do nada eu volto a te observar mesmo passado todo este tempo.
Para novamente tentar te guardar com meu olhar nem que seja por um breve momento.
Seu encanto periódico de amor vem sobre mim sempre que te vejo, reacendendo a chama do meu coração.
Difícil de se dizer, mas fácil de se perceber.Este amor não é inabalável, mas digo que até o presente momento se apresenta indestrutível.

Acordes

Bem esta aqui é bem antiga coisa de uns 4 anos, acho que da pra notar pela diferença no estilo e composição, para falar a verdade ela esta inacabada pois perdi a cópia com ela inteira.


Eu estou pronto para falar
preso neste mesmo lugar
mas não posso partir
será que até aí eu posso ir?

Não estou bem o que aconteceu
tudo que sinto se perdeu?
Já juntei mil palavras e versos
nada digo, nunca expresso.

Vários títulos escritos nestas linhas
Versos das canções perdidos nestas páginas.

Todos os acordes que juntei
mas que nunca te mostrei
O que estou fazendo, eu errei?