sábado, 11 de julho de 2009

Garçom

Numa bandeja de prata com todos os adornos,
com o molho de minhas lástimas e do meu choro
sem entrada alguma, nenhuma gentil sutileza
sirvo meu coração e sentimentos pegue o que você deseja.
Garçom errante do que é mais simples
Sujeito pensante do que é mais confuso
Simples de sentir, confuso de entender e assinalar.
Dou mais uma volta ao redor de tua mesa.
Você esta satisfeita? Ou tudo isso te causa indigestão?
não se preocupe não é necessário o seu perdão.
Isso tudo é um ato involuntário pena que a muito do tempo passado.

Numa bandeja sem consolo ponho tudo o que ainda há,
mesmo que nada tenha sobrado.
Anoto num bloquinho receitas pra ti,
tentativas de realizar os pedidos que não fazes pra mim
te indico o servido na bandeja
o prato do dia é a solução para sua tristeza
a tentativa de hoje é conquistar tua constância.

Quero apenas uma simples gorjeta,
o suficiente para transbordar meus bolsos, átrios,
e nesse instante mesmo que efêmero já me basta
ao meu lado ver sua sorridente silhueta.

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